terça-feira, 12 de agosto de 2008

Projecto leva água potável à região da Guatemala

De maio a novembro, chove tanto nas montanhas da Guatelamala que as estradas de terra que ligam as pequenas aldeias da região ficam completamente alagadas. Mas, para ter água em casa, os habitantes precisam coletá-la em barris ou buscá-la nos poucos poços existentes.
Quando o tempo está um pouco melhor, a viagem de 60 quilômetros entre San Marcos e a aldeia de San Isidro leva cinco horas, conta April Veness, professora adjunta de geografia na Universidade de Delaware, nos EUA, que já percorreu esse trecho quatro vezes. April, beneficiária de um Subsídio Rotary para Professores Universitários, participou de projeto de Subsídio Equivalente da Fundação Rotária que instalou um sistema de abastecimento de água em San Isidro.
"A população é basicamente de agricultores que plantam para a própria subsistência, e as casas estão bem espalhadas", conta April, explicando a dificuldade de instalar uma rede de encanamento que ligasse os olhos d'água às aldeias. "Era uma tarefa complexa e cara", ela diz.
A professora envolveu-se no projeto após lecionar no Centro Universitario de San Marcos entre agosto de 2006 e abril de 2007. Para ela, ajudar a melhorar as condições de vida no país que a recebeu era uma conseqüência natural de seu trabalho como professora e pesquisadora.
Durante sua estada na Guatemala, Veness e três de seus ex-alunos na Universidade de Delaware — inclusive Jennifer Koppenhaver, que participou do programa de Bolsas Educacionais da Fundação Rotária em 2002-03 — ajudaram a criar um vínculo entre o Distrito 7630 (Delaware; Maryland, EUA) e o Rotary Club of San Marcos, a Diocese de San Marcos e a comunidade de San Isidro.
"Durante o processo de requisição do Subsídio Equivalente, estive envolvida em quase todos os e-mails, conversas telefônicas e encontros entre os rotarianos do Distrito 7630 e os de San Marcos", ela conta. "Não que eu tenha pedido para ser porta-voz. É que as diferenças de idioma, cultura e expectativas criaram tantos obstáculos, que era preciso que alguém mantivesse a comunicação aberta."
Em julho, Veness retornou a San Isidro para participar da inauguração do novo sistema.
"Os resultados do projeto podem ser vistos na alegria estampada nos rostos das pessoas. Finalmente, elas têm água potável e saneamento." Veness emocionou-se ao saber que o projeto leva seu nome.A professora agora está trabalhando com o Rotary Club de San Marcos e com a organização Builders Beyond Borders para construir uma escola para surdos na região em 2008.
"Meu papel como promotora, tradutora, facilitadora e mentora do projeto do Rotary melhorou minhas habilidades em muitos aspectos", afirma Veness. "E também me propiciou uma imensa rede de apoio e companheirismo que será importante para mim ainda por muito tempo."

Sem comentários: