quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Campanha pela erradicação da pólio recebe grande apoio da OMS


A campanha pela erradicação da pólio contará com o apoio de todo o aparato da Organização Mundial de Saúde, informou nesta terça-feira a diretora geral da organização, Dra. Margaret Chan, aos participantes da convenção do RI em Los Angeles. Ela acresentou ainda que "a erradicação da pólio será a prioridade número um de minha administração, em caráter de emergência". Os rotarianos aplaudiram a notícia com grande entusiasmo.
Em um momento histórico, Chan foi acompanhada no palco pelos dirigentes dos demais parceiros da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio: Julie Gerberding, diretora do Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças; Ann Veneman, diretora executiva da Unicef; e Robert S. Scott, presidente do conselho de curadores da Fundação Rotária e da Comissão Internacional Pólio Plus do Rotary. Foi a primeira vez que líderes das quatro instituições subiram juntos ao palco para fazer um pronunciamento coletivo.
Desafio 100 Milhões de Dólares do Rotary
Ao apresentar Chan, Gerberding e Veneman, Robert Scott lançou oficialmente o Desafio 100 Milhões de Dólares do Rotary , uma campanha de captação de recursos de três anos com vistas a equiparar a doação recebida da Fundação Bill e Melinda Gates.
Scott reiterou que a erradicação da poliomielite continuará a ser a meta prioritária do Rotary até que seja alcançada. Ele mostrou à platéia a drástica redução nos números de casos e países endêmicos desde 1988 e perguntou: "Quem diz que não podemos erradicar a pólio?"
O presidente do conselho de curadores classificou a doação da Fundação Gates como "uma grande honra", e conclamou cada Rotary Club a doar US$1.000 ao ano pelos próximos três anos.
"Ouvi dizer ontem que um clube vai contribuir US$10.000 ao ano", ele disse. "É disso que precisamos!"
Por que 1.313 é mais que um número
Gerberding descreveu o Rotary como um pilar extraordinário da aliança entre as quatro organizações. Ao comentar que 1.313 crianças foram contaminadas com o vírus da pólio em 2007, ela pediu aos rotarianos que procurassem ver o número de maneira positiva.
"Este não é apenas um número", disse. "É um indicador de nosso grau de responsabilidade social e, sobretudo, moral, para com as futuras gerações."
Gerberding então sugeriu doações em incrementos de 1.313. "Se não for possível fazer doação financeira", ela explicou, "contribuam 1.313 minutos em trabalho voluntário. Se não for possível doar tempo, doem 1.313 palavras que motivem outras pessoas a contribuir."
Os três outros parceiros ressaltaram o valoroso papel dos rotarianos. Veneman elogiou a atuação fundamental do Rotary na imunização de dois bilhões de crianças desde 1988. "A Unicef tem orgulho de ser sua parceira", ela afirmou.
Rotarianos são conclamados a continuar a luta
A Dra. Margaret Chan comentou que o Rotary é conhecido por sua determinação e seu trabalho árduo na luta contra a pólio. Por causa do respeito de que desfrutam, ela disse, "os rotarianos conseguem abrir as portas dos mais altos escalões políticos e das casas mais modestas".
Sob calorosos aplausos, Chan reafirmou seu compromisso e conclamou os rotarianos a continuar seu trabalho: "Peço encarecidamente aos representantes do Rotary no Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão que façam ainda mais. Vocês já fizeram muito, e eu os agradeço por isso. Mas é preciso ir além e exigir de seus governantes que assumam a responsabilidade por esta causa."
Chan encerrou seu emocionado discurso agradecendo aos rotarianos por "seu compromisso em eliminar do mundo esta terrível doença, que arruinou a vida de tantas crianças e fez tantas pessoas sofrer. Juntos, acabaremos com ela, para sempre!".

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