quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Os planos para o futuro do Rotary


A alfabetização, a saúde e o futuro do Rotary foram os destaques da quarta sessão plenária da convenção do RI de Los Angeles, no dia 18 de junho.
Alfabetização
Através de equipamento de vídeo, a cantora norte-americana Dolly Parton falou aos rotarianos sobre seu projeto Imagination Library, que, todos os meses, envia livros por correio a crianças com menos de cinco anos e tem a colaboração de diversos Rotary Clubs.
"Somos muito ativos nos EUA, Canadá e no Reino Unido, e minha esperança é que todas as crianças dos três países tenham casas cheias de livros", disse a cantora.
O primeiro-ministro de Ontário, Dalton McGuinty, subiu ao palco para falar sobre analfabetismo. Ele lembrou à platéia que atualmente 800 milhões de pessoas não sabem ler, e instou aos rotarianos que continuassem seu trabalho nessa área. "O analfabetismo é um fardo não apenas para o indivíduo”, explicou, “mas para a sociedade como um todo".
Saúde
Em um forte discurso, Stephen Lewis, co-diretor da AIDS-Free World, saudou os rotarianos por seu papel fundamental na luta contra a pólio, mas lembrou a todos que o HIV/Aids "está tendo um impacto terrível no mundo, especialmente na África".
Hoje, 33 milhões de pessoas no mundo inteiro estão infectadas pelo HIV, 23 milhões delas na África. Lewis, que foi embaixador do Canadá nas Nações Unidas e assessor da ONU na África para assuntos relacionados a HIV/Aids, disse que a incapacidade de evitar infecções durante a gestação é "uma calamidade. Existem medicamentos que poderiam impedir a transmissão do vírus, mas meio milhão de crianças nascem soro-positivas todos os anos".
Nos EUA, ao contrário, são usadas drogas que reduzem o risco de transmissão em 99%. "Por que a vida de uma criança norte-americana vale tão mais do que a vida de uma criança africana?", indagou.
"Os valores morais do mundo estão trocados", concluiu Lewis. "Mas há momentos de esperança e otimismo, como os trazidos pelo Rotary International."
William Asiko, presidente da Coca-Cola Africa Foundation, falou da importância de parcerias para o combate à Aids na África. "Nós [da Coca-Cola] defendemos as parcerias entre as iniciativas públicas e privadas há muito tempo", ele disse. "Nossa parceria com o Grupo de Companheirismo de Combate à Aids é uma das quais mais nos orgulhamos." Asiko enfatizou também que é preciso ter em mente os problemas da comunidade e engajar parceiros locais.
A Fundação Rotária
As metas da Fundação Rotária para 2008-09 foram apresentadas por Jonathan Majiyagbe, presidente eleito do conselho de curadores. Além da promessa feita às crianças de todo o mundo de que a pólio será erradicada, Majiyagbe instou a todos a apoiarem o Fundo Anual para Programas e o Fundo Permanente.
"Não apoiar [o Fundo Anual para Programas] é como recusar oxigênio a um ser vivo. Se cada rotariano doar pelo menos US$100 todos os anos, o resultado será mais de US$120 milhões ao ano, que poderão ser revertidos em projetos de água potável, melhoria de condições de vida, alfabetização e combate à fome."
Majiyagbe também conclamou as fundações de clubes e distritos a colaborarem com a Fundação Rotária contribuindo pelo menos 10 por cento de seus fundos às Bolsas Rotary pela Paz Mundial.
O futuro do Rotary
O presidente do RI Wilfrid J. Wilkinson encerrou a sessão com pronunciamento sobre o futuro do Rotary. "A cada ano", explicou, "centenas de milhares de jovens do mundo inteiro participam de nossos programas pró-juventude e criam laços com o Rotary que devemos procurar manter. Assim, no futuro, eles podem vir a se tornar rotarianos e ser o próprio futuro da organização".

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